sábado, novembro 03, 2007

Para os Egípcios os gatos eram sagrados!

Por: Roberto Zaghini Jorge
Fonte: revista Galileu

Imagem de estátua em bronze do museu de Louvre, Paris.


Essa veneração começou há mais de 3.000 anos antes de Cristo.
Os ratos infestavam aquela região do rio Nilo destruindo colheitas de grãos e cereais, além de espalharem doenças.
Quando descobriram que os gatos eram a solução para controlar o avanço dos roedores, os egípcios passaram a tratar os gatos como membros da família.
Uma das deusas egípcias representadas com cabeça de gato era Bastet, cultuada por volta de 3.000 A.C. representando o prazer, a fertilidade, a música e o amor.
Além de Bastet, as duas principais divindades egípcias: Ra, o Deus do sol, e Ísis a deusa da vida também apresentavam traços felinos. As mulheres egípcias viam os gatos como símbolos de beleza e pintavam os olhos tentando imitar o contorno perfeito do olhar dos bichanos.
A veneração era tanta que os egípcios costumavam raspar as sobrancelhas em sinal de luto quando um bichano de estimação morria.
Aliás, os gatos mereciam os mesmos ritos fúnebres que os seres humanos, sendo embalsamados e sepultados.
No século XIX, arqueólogos descobriram mais de 300 mil múmias de gatos num cemitério em Tall Bastah, cidade situada no delta do rio Nilo onde ficava o principal templo da Deusa Bastet.

Uma pessoa poderia ser condenada à morte caso matasse um desses animais, mas tamanha veneração acabou sendo a causa de uma derrota histórica para o império egípcio, cerca de 600 anos antes de Cristo: um comandante persa chamado Cambises II soube que os inimigos da terra do Nilo veneravam tanto esses felinos, e ordenou que seu exército atacasse o país das pirâmides levando gatos à frente de suas tropas como escudo. Os egípcios não ofereceram resistência, para eles era melhor se render diante dos persas do que cogitar a possibilidade de ferir um ser sagrado.

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