sexta-feira, setembro 29, 2017

Vivemos um estado de exceção?

Depois do afastamento da presidente Dilma, através de uma articulação de caráter golpista, fica bem evidenciado os passos seguintes, que indicam hoje um estado de exceção.

É quando a lei vale para manipular e não serve mais para reger o país.

Escrevo isto porque estamos assistindo a inúmeros casos de dois ou três pesos e duas ou três medidas. O que é lei para um é absolvição para outro.

LEMBRO AQUI UM TRECHO, DA DENÚNCIA DE WESLEY BATISTA: -... Kassab foi o único que pediu dinheiro pra ele... não foi pra pagar dívida de campanha, nem pro partido, foi pra ele mesmo...

E depois desse trecho ter saído na tv em horário nobre, ficamos com a resposta do próprio denunciado, de que era mentira.  A versão dele calou a mídia e não ouvimos mais nada à respeito.

Hoje esse Kassab ainda é ministro da Tecnologia e Comunicações. Está por exemplo com o comando de decisões importantes que podem, mudar o destino dos Correios. Fala até em privatização.

Essa empresa secular de mais de 350 anos, e que emprega mais de 110 mil trabalhadores.

Olha só o tamanho do absurdo. 

Quantas vidas, quantas famílias esse ministro, pode influenciar, e com esse peso sobre seu currículo, e sem contar seu passado recente, como um dos piores prefeitos que São Paulo já conheceu.

Inventor da controlar, empresa que arrecadava taxas para inspeção de veículos e que não deixou saudades por aqui.

Fosse outra pessoa, quem sabe de outro partido, já teria sido afastado de seu cargo. Mas este segue firme, concedendo entrevistas e até fazendo previsões sobre esta empresa que ele influencia os destinos.   

O presidente atual, deste país, nem vou mais adiante, do que lembrar daquele assessor, correndo com uma mala cheia de dinheiro...

E como os trabalhadores são tratados hoje?

No caso da greve atual dos Correios, está ocorrendo de tudo: Tem chefes que telefonam pra polícia, para tentar intimidar grevistas que estão na porta do seu emprego, conversando com colegas de trabalho.

Tem ameaças de desconto, e até desconto dos dias parados, sem que isto tivesse sido acordado na negociação.  Quer dizer nenhum respeito às leis trabalhistas, ao trabalhador.

E toda concessão ao poder, lá se pode fazer de tudo. 

Por onde anda nossa democracia??

Quando é que haverá Justiça, com J maiúsculo para restabelecer a lei para todos, e principalmente a quem trabalha e carrega este país.

No caso dos funcionários dos Correios, além da direção, à mando do governo, não oferecer reajuste algum depois de um ano, ameaçam cobrar pelo plano de saúde. O que na prática é redução de salário, que é dos mais baixos no serviço estatal. 

E trata-se da empresa mais querida da população brasileira.  Que não merece ser administrada por pessoas assim ... com essas manchas.  Isso contrasta com a história dos Correios, envergonha seus trabalhadores, já humilhados pelos salários tão baixos.

O Brasil merece sorte melhor.  Estado de exceção não combina com nada, a população brasileira não vai aceitar essas investidas ofuscadas por manobras por trás da lei.

Estado de exceção, não será tolerado pela população.


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