quinta-feira, agosto 09, 2018

Correio é um negócio como outro qualquer?

Já ouvi político de destaque afirmando isso: Correio é um negócio como outro qualquer.

Também já ouvi candidato dizendo que...."Correio não tem jeito tem que fechar mesmo, ninguém quer comprar, tem que fechar..."

Como pode ser tão ignorante assim...

Se alguém olhar somente para o centro urbano mais desenvolvido de São Paulo, e fixar nisso, vai achar que Correio é um negócio como outro qualquer.

Mas se olhar para o país inteiro, em todos estados, as áreas mais longínquas... vai mudar de ideia.

Digamos que nas cidades onde há maior volume de tráfego de encomendas e cartas, uma atividade de entrega de remessas pode ser mais lucrativa.

Daí arrecadar para suportar bancar o mesmo serviço nas cidades mais distantes, com  menor volume de remessas e dificuldade de acesso.

Essa é a diferença de um negócio para um setor que precisa atender TODAS REGIÕES  e TODA POPULAÇÃO, para simplesmente um negócio lucrativo que acontece somente em grandes centros bem desenvolvidos.

Ninguém vai querer mesmo comprar uma empresa, que na realidade atende ao país inteiro, e portanto existe em amplas áreas onde não dá lucro. Mas tem uma importante função social de integração do país.

Alguns mais espertinhos dizem que isso é mimimi... fácil falar pra quem só está de olho aceso para abocanhar somente lucro.

Mas como ficam os brasileiros das cidades mais distantes, e que precisam também adquirir produtos, e remessas via web para serem entregues via Correio?  então só serão atendidos aqueles que vivem em grandes centros, os mais desenvolvidos?

Para deixarem de dizer besteiras, tentem aprofundar mais nos temas que tratam.

Outra coisa, é o monopólio na entrega de cartas. É o único que o Correio brasileiro ainda possui. E tem lá sua razão de ser.  Não é uma atividade de todo lucrativa, também somente nos grandes centros.

Há uma intensa remessa desses serviços, por parte de empresas. Então engana quem sai por aí dizendo "ninguém manda mais cartas". Quem trabalha nos Correios sabe que isto não é verdade.

O contra ponto a isto é: Há quanto tempo você não abre sua caixa de spam no seu endereço eletrônico?  Pois é justamente por isto que empresários, enviam por correspondências seus resumos de serviços, documentos etc...

E eis aí uma atividade que necessita muito de pessoal, e boa parte das empresas preferem atuar no ramo de remessas de objetos. Onde não há monopólio, a concorrência é livre. 

Porém essas empresas, mantém uma "parceria" com os Correios, pelo óbvio motivo de que não vão onde os Correios conseguem chegar.

Daí a razão de "ninguém querer comprar", quem quer exercer uma atividade que não é lucrativa?

E quem é que vai encerrar uma atividade que é importante para os brasileiros?

Devido ao crescimento do mercado de postagens, via internet, esta atividade despertou a ganância de vários grupos, mas somente nos grandes centros. 

Esses grupos logo enxergaram o maior destaque nessa atividade: Os Correios brasileiros.  

Daí a pressão contra essa empresa, para que possam tomar esse mercado.

Mas somente onde é mais lucrativo.

As pessoas precisam ficar mais alertas a isso, à intensa movimentação de ideias, sobre setores, onde há interesses em jogo. Nem tudo que reluz é ouro.

Mas o que é importante e fator de desenvolvimento ao país, precisa ser preservado. 


Nenhum comentário: