sexta-feira, outubro 31, 2014

A crise da água em São Paulo

Depois de ser entregue em parte ao capital privado, a estatal Sabesp deveria ter melhorado substancialmente seus serviços.

Mas não foi o que aconteceu. Nos últimos anos foi amplamente divulgado na imprensa, na tv, e eu não esqueci, os inúmeros rompimentos em canos de distribuição. 

A empresa perdeu cerca de 30 por cento da água que tratava. É como se tivesse 30 por cento de desperdício do sistema de abastecimento.

Agora vem o bônus, que não deixa de ser um "meia culpa".  Mas o que já se perdeu, não dá pra recuperar.

Surge a proposta do governo paulista, para a presidenta eleita, retirar os impostos do sistema de saneamento e abastecimento.

Mas enquanto a Sabesp não investia na melhoria de seus serviços, havia por outro lado, o investimento dos lucros em bolsas de valores. É o  que foi publicado.

E a tentativa de buscar água no rio Paraibuna, que serve o estado do Rio de Janeiro, solicitando que o uso da água seja declarado prioridade para o consumo humano, é algo conflituoso.

Por que se o estado do Rio de Janeiro não puder usar a água que sempre usou para gerar energia, para servir água para São Paulo, o estado paulista também não poderá usar toda água para gerar energia, pois também deverá priorizar o consumo humano.

Essa ideia parece ter um fundamento conflituoso, e não vem com conteúdo para gerar solução.

Nossas chances mais imediatas, seriam as próximas chuvas.  

Próximo passo, seria eu acho, analisar a possibilidade de trazer água, de onde tem muito e população reduzida para consumir: A região mais próxima nesta situação é o estado do Mato Grosso.

As dificuldades tecnológicas hoje, não são intransponíveis, seria possível interligar rios, represas, entre estados? nada tão distante, pois trazendo do Mato Grosso do Sul, há cidades paulistas vizinhas, e daí em diante interligando sistemas até chegar a todo estado.

Gostaria de ver essa possibilidade analisada e implementada. 

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