quarta-feira, julho 12, 2017

Ciclo viagem a Guararema


Decidimos fazer uma viagem de bike pra Guararema, e isso foi ocupando espaço em nossas mentes. Virou uma decisão mesmo.
Importante galera, um dia antes fazer um confere na bike, verificar calibragem, ajuste dos freios, corrente.
Nesta região da capela do Socorro sempre faz muito frio, devido à proximidade da represa eu acho.
Frio de uns 12 graus, não impediu de acordar logo às 5 da manhã do domingo, tínhamos que partir cedo e nada de atraso.
Conseguimos reunir CINCO ciclistas para mais esta aventura, Anderson Sampaio, Andrea Papa, Rodrigo Dias, Roberto Zaghini,Rodrigo Ferreira (Pulmão).
O sol começava despontar mas o frio era cortante, aí vale o preparo, alguma roupa sob a camisa da equipe, ajuda muito.
Decidimos fazer uma parte do trajeto de trem para evitar o trecho da Ayrton Senna que passa pelo bairro dos Pimentas, pois soubemos da grande incidência de assaltos a ciclistas nesta região. Infelizmente, só resta se defender.
Então pedalamos pela marginal Pinheiros, na pista direita, enfrentando aquele frio, acessamos a avenida nove de julho, com o sol timidamente despontando, cruzamos o centro da cidade de São Paulo, com o trânsito muito tranquilo, o que favoreceu bastante.
Chegamos na estação da Luz para embarcar rumo a Mogi das Cruzes. Que bela estação, até então as roupas de frio eram muito necessárias.
Já havíamos pedalado cerca de 25 km e aquecemos um pouco. Pela janela do trem admirávamos a paisagem de uma parte da cidade que não vemos sempre, a zona leste.
Passamos também por Poá, Suzano, e fomos batendo papo, lembrando algumas histórias engraçadas, e também fazendo um último check up no whatsapp, alguém duvida?
Cerca de uma hora de trem e chegamos na última estação, Estudantes, em Mogi das Cruzes.
Da estação até a rodoviária que fica ao lado, tivemos acesso aos banheiros, bem cuidados.
Em seguida reiniciamos o pedal, rumo a Guararema. Antes de chegar na estrada, ainda paramos para tomar um cafezinho, reforçado, pra justificar o que viria pela frente. Peba é isso aí, tem que abastecer, curtir a paisagem.
Saímos firmes e decididos, e logo encaramos a primeira das muitas subidas que teríamos pela frente.
A região é montanhosa, com paisagens lindas do campo, repleta de árvores, e até propriedades agrícolas produtivas.
A estrada Hernande Eroles tem asfalto muito bom, com boa parte de acostamento, mas nem toda. Nos trechos que tem acostamento, dá pra pedalar mais seguro.
Há um desnível entre a pista e o acostamento, caprichosamente com uma leve inclinação, o que permite ao ciclista entrar em sair do acostamento sem receber um tranco.
E depois de enfrentar longa subida que exige muito esforço, também vem a descida, onde se alcança velocidade superior a 45 km h. Todo cuidado é importante, mãos firmes no guidão, e ao entrar e sair do acostamento mais ainda.
Sempre contando com aquela ajuda da inclinação.
A paisagem vai trazendo uma agradável sensação de liberdade, o sol se firmando e a gente retirando aquelas roupas à mais sob a camisa, vai soltando o pedal, curtindo o vento.
Chegamos a Guararema, com ar de vitória, vencemos uma etapa montanhosa, e que bela cidade, muito bem cuidada. transitamos tranquilamente, por que pra quem está acostumado com o trânsito em São Paulo já dá pra imaginar, como sentíamos seguros.
Mas sempre transitando pela direita, com toda atenção. Chegamos a estação ferroviária, que é um símbolo de Guararema.
Na estação encontramos uns colegas ciclistas do grupo pedala Itaquera, conversamos e fizemos foto em conjunto.
Eles também já conhecem bem o trecho do bairro dos Pimentas, junto a rodovia Ayrton Senna, e evitam a região.
Voltando a bela Guararema..
A cidade preserva a sua Maria Fumaça, que até hoje bem cuidada ainda trafega. Leva turistas para a localidade de Luis Carlos, e os trazem de volta.
Não perdemos a chance de tirar umas fotos daquela incrível composição, que restou na lembranças dos áureos tempos da ferrovia de São Paulo, onde esse transporte era bem valorizado e utilizado.
Depois de curtir uma parte da cidade, achamos que já era hora de almoçar, próximo das treze horas.
Escolhemos um restaurante, faz parte do nosso passeio. Batemos papo, conversamos sobre nosso trajeto, as subidas que enfrentamos, e as descidas.
Passamos pela "ilha grande" um local com passarela e ponte de madeira sobre um rio, Paraíba do sul, onde peixes ficam à mostra.
Tem também uma grande choupana coberta de sape, onde há uma exposição com livros, revistas para leitura, e mostras educativas sobre o meio ambiente, e sobre aquecimento global, com vários artigos esclarecedores.
Depois desta visita, tomamos o rumo de volta, sabendo que as subidas desta vez, seriam maiores que na vinda. Exigiria portanto ainda maior esforço.
Mas estávamos preparados, já tínhamos almoçado, passeado, agora era pedal pra salvar a viagem!
Sempre se valendo do acostamento quando era disponível, e aquela inclinação que ajudava muito.
Entre a estação Estudantes e Guararema, deve haver uns 25, 26 km aproximadamente, mas que exigem um bom preparo, toda região é muito agradável, e principalmente montanhosa.
Chegamos finalmente à estação Estudantes, já era quase final de tarde, e tomamos um cafezinho na rodoviária. Tudo naquela região, parece nos acolher, uma agradável sensação de tranquilidade e aconchego de uma pequena cidade.
Encaramos o trem de volta rumo a estação da Luz, e dali em diante, foi só bate papo, e conversa com usuários do trem que queriam saber sobre nosso passeio, sobre a equipe Roda Presa.
Foi uma tarde inesquecível, ficou na mente a paisagem verde, passamos pela região considerada o cinturão verde de São Paulo.
E assim galera encerramos mais essa ciclo aventura. Abraço até a próxima.



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