domingo, janeiro 15, 2017

Correios: A grande mentira sobre privatização!

Tem gente desinformada, ou mal intencionada divulgando falsas informações tentando convencer através de videos bem feitos, mas com argumentos vazios.

Um certo vídeo (des)informa, alegando que os brasileiros precisam abrir os olhos, pois Correios é uma empresa que disputa sozinha uma corrida nacional e está perdendo.

Que os brasileiros não tem outra opção, a não ser escolher os Correios, que monopoliza todos os serviços e ainda assim produzem déficit.

PRIMEIRA INFORMAÇÃO FALSA: Os Correios não monopolizam todos os serviços. Por exemplo os serviços de encomendas expressas, tipo sedex, tem diversos, inúmeros concorrentes atuando no Brasil.

Na maioria dos casos, cobram até mais caro, porém, ao contrário dos Correios, podem se dar ao luxo, de concentrar suas atividades em locais onde o fluxo é maior, e consequentemente gera mais lucros. São Paulo, Curitiba, Brasília, Porto Alegre...

Já os Correios tem a obrigação constitucional de cobrir todo território nacional com envio de correspondências. O que é uma missão, independente de produzir lucro.

Os concorrentes dos Correios gostam mais do filé, e quem não gosta? 

O único serviço dos Correios que é monopolizado, são as cartas, aquelas que contém selos ou carimbo da máquina de franquia.  

Mas até hoje não ouvi dizer de qualquer empresa que se interessasse em quebrar esse monopólio, pois teriam que contratar um batalhão de carteiros para isso, e o rendimento não seria compatível.

Quem divulga por aí, sem ter noção do que diz que os Correios precisam ser privatizados, estão sugerindo exatamente o que as grandes empresas (Dhl, Fedex) querem:  privatizar só a parte dos serviços que geram lucros representativos, e em locais onde realmente compensa trabalhar.

Isto geraria a seguinte condição: As cidades brasileiras que mais proporcionam lucros aos Correios, ajudam a compensar a atuação em todas as outras pequenas cidades brasileiras interior a fora, onde o fluxo e o lucro não atingem os gastos do funcionamento dos serviços postais.

Se entregarem justamente a melhor parte do serviço, as encomendas expressas, logística, os lucros irão para estas empresas. 

Já os Correios, teriam que arcar com os custos das demais cidades, onde só os Correios tem a obrigação constitucional de servir.

Isto representaria ainda mais prejuízos que teriam de ser  cobertos pelo governo, e quem vai pagar esta conta, será no futuro a população.

O que realmente é necessário, desde já, é que se cumpra a lei das estatais, e que se afastem as indicações políticas desta empresa, que tem uma missão sublime, mas está sendo sugada pelo esquema político.

Hoje o que temos é um grande paradoxo: partidos políticos se fortalecendo, com dinheiro sobrando para lançar candidaturas, e estado quebrado com empresas estatais em situação crítica. 

Dá pra desconfiar.

A solução não é privatizar, mas afastar aqueles que chegam na direção da empresa, sem conhecer sua atividade, e com total poder de decisão.


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