sábado, julho 12, 2014

Seleção de individualidades

E celebridades também. O brasileiro tem visto jogadores que individualmente são realmente de grande talento, mas desaprenderam jogar em grupo e pelo grupo.

Digo isto por que ainda me lembro da seleção das seleções que o Brasil apresentou ao mundo, em 1970, na conquista do Tri.

Foi desta seleção que o mundo tirou grandes lições, e vários deles aprenderam muito bem, e até melhoraram: Alemanha, Holanda, França...

Individualidade não ganha jogo. Temos visto jogadores brasileiros continuamente chutando a bola em cima do goleiro, e aí vai acontecer o de sempre, o goleiro sai com a fama.

Bastaria um toque para o lado, e quem sabe outro jogador da equipe, encontraria uma meta escancarada pela frente. Do mesmo jeito que aconteceu em vários dos gols que a seleção alemã fez contra o Brasil.

E tem mais: A mídia descobriu o enorme filão que a seleção rende, e vem explorando isto de uma maneira grotesca e desmedida.

Passou da hora de jogadores atuarem mais pelo grupo, e dividir com todos as vitórias.

A arrogância nacionalista que vem sendo expressada em publicidades de mau gosto, mostra bem o que a elite pensa através do futebol: Que são os maiores, os melhores, os imbatíveis, que podem menosprezar os demais.

Neste aspecto achei propícia a derrota: O Brasil ainda não descobriu a maneira de se tornar uma nação justa, equilibrada, solidária, e vive uma máxima: a do me engana que eu gosto...

Não seria uma conquista de copa do mundo que resolveria todos problemas sociais e econômicos que o Brasil sempre apresentou, o país da seca, das favelas, de tantas injustiças.

Nosso futebol, assim como a vida econômica e social tem muito o que melhorar, para deixar de ser um seleto grupo de celebridades e ser de fato uma nação de verdade.






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