Imaginem a situação de uma escola pública, na periferia de São Paulo: Bem próximo à entrada da escola, há alguns garotos vendendo maconha.
Faz parte do mundo, que vem se aproximando cada vez mais da escola. A viatura policial passa próximo, mas estaciona mais adiante há pelo menos 50 metros de distância.
Na reunião de pais, uma professora explica que na sala alguns alunos estão indo mal. Ela diz que quando todos estão presentes, situação que ocorre no início até o meio da semana, os alunos não ficam nas carteiras enfileiradas.
Há 47 QUARENTA E SETE alunos na sala, portanto um grupo de alunos se ajunta em suas carteiras próximo da mesa do professor.
Com muito esforço a professora divide a sala em grupos de alunos, e vai passando o ensinamento, mas reconhece que não dá para ir a todos os grupos..
Vários estudantes começam a desanimar, e o índice de faltas principalmente nas sextas feiras, é alto. Deve ser difícil para um estudante próximo dos 15 anos aceitar a idéia, de ficar amontoado numa sala de aula, como se ele não tivesse importância nenhuma.
Na matéria de Inglês praticamente não houve aula durante o primeiro semestre, e ainda não houve neste segundo semestre também. A professora titular, logo no início do ano, teve de tirar licença para passar por uma cirurgia. A professora substituta começou dar aulas, mas também precisou tirar licença. Faltam professores.
Mas houve um provão na escola, e havia perguntas de Inglês, que os alunos tiveram que completar. Portanto não ficaram sem notas, apesar de não terem recebido as aulas. Questão de estatística.
Outras escolas passam por situação semelhante, principalmente no 1° ano do 2°grau, o antigo colegial.
É desta forma que o governo de São Paulo diz que aqui, o presidente Lula não precisa se preocupar com educação?
Certamente quem realmente precisa se preocupar são os pais de alunos que precisam frequentar escola pública.
O sr. José Serra, deveria mudar seu nome, para sr. José Estatística. A escola citada acima existe, fica na periferia da zona sul, no Jardim São Bernardo. Escola Estadual, prof° Herbert Baldus.
Agora estão inventando a figura do "mediador", aquela pessoa que vai procurar os pais dos alunos que estão indo mal na escola.. Mas e quem vai procurar o governo do estado para demonstrar que a educação precisa ser tratada com MAIS SERIEDADE??
Seria esta, uma tentativa de sucatear o ensino público, para fortalecer o ensino privado, e aí quem puder pagar muito bem, e quem não puder que se dane??
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