Assisti indignado a um episódio do programa fantástico do último domingo. Quando o mediador, Max Gueriinguer, apresentou a situação de uma senhora que se viu diante da cobrança de um cheque passado há mais de dez anos.
É o típico caso de parasitagem, fato que vem ocorrendo ultimamente. Cobradores espertalhões, compram cheques já caducados de grandes redes, pagam por lotes.
Como o período de cobrança já caducou, o consumidor que emitiu o cheque também já foi penalizado na forma da lei, com seu nome inscrito no cadastro de emitente de cheques sem fundo, no banco central, Serasa, Spc e tudo o mais..
Não há aspecto legal para cobrar novamente o que já foi pago através do castigo de ser excluído, da possibilidade de crédito durante um período longo.
Aí surge a figura do parasita, aquele espertalhão que compra esse cheque pra lá de vencido, a preço de banana e o transforma numa letra de câmbio, o que em si já é um estelionato. Em seguida, consegue NOVAMENTE incluir o nome do consumidor emitente daquele cheque, no cadastro do Spc, Serasa.
No caso apresentado no fantástico, mesmo depois de consultar um Desembargador e constatar que isto é uma operação ilegal, sujeita inclusive a ação por reparação de danos, por parte do consumidor, a situação foi levada à uma mesa de negociação na sede do Tribunal de Justiça.
E lá, dentro da sede da Justiça, o parasita, consegue receber o valor integral daquele cheque já caducado, onde o consumidor já foi pra lá de penalizado!! Ou seja o estelionatário se deu bem, nas barbas da justiça. Com a complascência do fantástico.
A consumidora, que já vive com dificuldades, isto foi mostrado, terá que se apertar ainda mais para pagar a um parasita, o que já havia pago.
Sem contar que a empresa à qual ela emitiu o cheque, cresceu assustadoramente desde aquele período, e ela enfrenta ainda mais dificuldades para sobreviver e cuidar de sua mãe com cerca de 90 anos.
O fato em si ilustra, a situação do brasileiro hoje, cada vez mais excluído, oprimido pela economia desigual, com uma das piores distribuição de renda do mundo, e ainda sujeito a ação de parasitas. Agora o parasita ainda ganha aspecto de legalidade diante do Tribunal de Justiça e com participação do fantástico da Globo, pode?
Acho que uma vez identificados os autores da falcatrua deveriam ser indiciados de imediato pelo próprio Tribunal de Justiça, e a ação decretada como estelionato!
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