Li um artigo publicado há uma semana em jornal de grande circulação, a folha de SP, em que o autor (Ferreira Gullar) tentava enquadrar o atual governo como sendo alguém que incitava as classes sociais ao se referir a pobres e ricos..
É bem o estilo de grande parte da elite ser dissimulado, tentam agir como se ricos e pobres fossem a mesma coisa, quer dizer tivessem os mesmos direitos e tratamento.
Um rico não pegaria um busão lotado de madrugada, pra ir ao trabalho, nem na ida, muito menos na volta, depois de encarar uma jornada de 8, 10, até 12 horas de trabalho.
Um rico tem inúmeras vantagens na sua vida diária, mas tenta-se transmitir que é tudo a mesma coisa.
E o presidente do país nem pode mencionar o termo pobre humilhado, pois alguns representantes da elite se ofendem, querem transmitir que isto insita ódio entre ambos.
Deveria mexer é com a vergonha e a honestidade principalmente daqueles que tem obrigação de divulgar a verdade na imprensa e que não o fazem.
Deveria provocar mudança total na forma de distribuição de renda e justiça social no país.
Achar que a participação de sindicalistas no governo, é coisa de neopeleguismo, é simplesmente tentar obstruir a participação do setor trabalhista.
É bem mais justo que sindicalistas sejam ouvidos, do que somente banqueiros, que de resto sempre tiveram enormes espaços e poder de decisão em todos os governos, e ainda hoje estão na ponta da direção do mundo globalizado.
Aliás como bem disse recentemente o papa Bento XVI, é inaceitável que até produtos de alimentação sejam tratados como negócio no mundo atual.
Há muita injustiça no atual mundo globalizado, e é preciso encarar de frente, nada de ficar dissimulando, evitando comparações.
Retrocesso é ouvir somente a elite, somente os banqueiros, e ainda ficar dissimulando, como se não existisse qualquer diferença entre pobres e ricos.
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