Até os anos 80, aproximadamente o capitalismo parecia se desenvolver tendo como diretriz o sistema produtivo.
Quero dizer que até esse período as maiores influencias políticas e economicas, vizavam sempre os empresários, industriais e trabalhadores.
Lembro que em São Paulo as agencias bancárias não eram tão grandes, tão imponentes. Eram prédios mais modestos, parecendo o que refletia o poderio do setor na economia.
Ao que parece o início da globalização, também trouxe a ascensão e dominação de um setor sobre os demais, o setor dos banqueiros, investidores, gente que trabalha com papéis e sabe jogar com bolsas de valores.
Esse grupo seleto e hiper ganancioso vem ditando as regras na globalização, hoje banqueiros diversificam suas atividades, inclusive adquiriram e passaram a administrar industrias, alguns setores de tecnologia, mas o que muda é a forma como esta categoria pensa o modelo social e as relações de trabalho.
Os trabalhadores em geral tinham muito mais chances de progredir antes do que hoje em dia. Aos banqueiros, agiotas em geral, tudo o que interessa é o lucro incessante e a produção acelerada ao extremo com o maior rendimento possível, e a ampliação do lucro incomensuravelmente, a todo custo.
Depois do episódio da crise iniciada nos EUA, quando inclusive o ex-presidente da Nasdaq foi preso, pois foi comprovado golpes que aplicava para se tornar ainda mais biliardário, aí o capitalismo se deparou com sua própria armadilha.
A ganância desenfreada também pode levar à destruição toda sociedade. Mas o que é mais importante, esse grup0 que sempre controlou a economia, não tem parametros para sua ganância, e também não tem preocupação com o bem estar social da população.
Poderíamos quem sabe experimentar uma nova onda do capitalismo, tipo capitalismo social, fortalecendo, ampliando ao máximo uma nova classe média, eliminando a pobreza, mantendo as demais classes ascendentes. Seria possível??
Creio que matematicamente seria possível, o problema é saber se os que sempre ganharam demasiadamente muito aceitariam essa nova medida de distribuição de renda. Uma coisa é certa, terão como vizinhos e sempre por perto a experiência socialista, com intervenções do tipo das que ocorreram na Venezuela. O que também coloca à prova sua própria eficácia, exercendo uma nova pressão que antes supunha-se sucumbida, com o fim na União Soviética e a guerra fria.
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